DIY é mais do que estimular o cérebro, é também uma forma de ser contra o sistema corporativo/industrial e também monetarista.
Podemos trocar experiências, conhecimentos e até mesmo o produto final.

Na construção a coisa é sem mimimi e momomo, o papo é rústico e reto! :oD

Sai da cidade grande em nome de um dia a dia mais salubre e para construir minha casa com uma boa oficina, e nela poder fazer minhas estrapizongas mais livremente, o resto é história...

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Construindo minha casa - Planta e material / Parte 1 de 3

Para definir sua planta ou projeto, é necessário definir que tipo de técnica de construção deve ser escolhida e para tanto, também necessita-se saber que materiais serão de fácil acesso e que tipo de mão-de-obra estará disponível.

Neste link pode-se ler um bom estudo acadêmico sobre as técnicas principais, suas vantagens, desvantagens e custos. Só lamento não terem incluído o solo-cimento.

Considerando que não sou um construtor, como foi minha pragmática escolha?

Bem, steel framing e wood framing foram logo descartados devido à ausência de material nos arredores bem como indisponibilidade de mão-de-obra qualificada. Se um dia eu for construir com as próprias mãos talvez seja minha escolha.

A alvenaria estrutural seria uma boa escolha, consegui mão-de-obra razoavelmente apta e algumas peças. 
Opa, "algumas peças"?! Cortado (aliás, cortar é uma das coisas a se evitar nesse método construtivo).
A economia e praticidade da alvenaria estrutural necessita que todos os tipos de blocos estejam disponíveis, minimizando desperdícios e perda de tempo com cortes e furos.
Se você conseguir todos os tipo de blocos da alvenaria estrutural (cerâmicos ou de concreto) e a mão-de-obra minimamente qualificada eu sugiro que está seja a opção.
Lembre-se que a planta deverá ser modular para que se elimine os cortes!

No fim optei por absoluta falta de opção: alvenaria convencional.
Tive certeza que saberiam (ou quase) executar o projeto e que eu teria o material facilmente à disposição.

Escolhi dois fornecedores locais de material para a etapa básica, um para areia e brita e outro para o restante, onde abri a tradicional "conta" (não sei se a prática é tipicamente brasileira, mas é uma mão na roda!).

Areia e brita (pedra) estão separados pois pode-se gerar uma boa economia comprando em caminhões fechados, enquanto no depósito se praticam preços na casa de R$ 100,00/m³ de areia, no distribuidor especializado compro o caminhão fechado (5m³) por R$ 65,00/m³. A mesma diferença é válida para a brita.

Quanto ao fornecedor, o depósito é sempre preferível às grandes redes.
Com os pequenos temos uma negociação amigável face a face, e com o tempo uma boa relação que pode gerar boas economias ou no mínimo facilidades.
Muitas vezes de SP eu ligava e pedia pra me entregarem qualquer coisa na obra, sem orçamentos, pedidos formais, assinaturas, etc.
Quase sempre no mesmo dia entregavam e depois acertava tudo num dia do mês combinado. Nunca quebre o elo de confiança!

Em um post anterior havia dito pela preferência em pagar tudo em cash (ou no máximo em cheque) pois com isso consegue-se descontos melhores (na média entre 7 a 10%).
Não adianta, com cartão as lojas pagam taxa de administração logo, a 'lei não pega', ou seja o preço praticado não é igual.

Não se engane, os grandes diluem os custos do cartão entre todas as vendas. Lembre-se, no capitalismo fundamentalista atual somos sempre os peixinhos nadando entre os tubarões...

Deixe para os grandes distribuidores (C&C, Castilho, Dicico, Telha Norte, etc) coisas que vc pode dividir em muitas vezes e pode guardar. Isso pode ser uma economia estratégica ou necessária. Lembre-se, planejar é a melhor das suas armas.


As duas fases onde mais varia o custo é na fundação e no acabamento.
Na fundação se acontecer algum imprevisto e/ou o superdimensionamento habitual da estrutura for exagerado.
No acabamento pois varia muito com a escolha pessoal. Por exemplo, existem vasos sanitários que custam R$ 1000,00 e outros que custam R$ 100,00.
O gosto pessoal é indiscutível, mas se a discussão for qualidade, a coisa muda de figura.

Revestimentos e pisos podem ser encontrados de ótima qualidade por valores entre R$ 20,00 e R$ 30,00/m² (encontrando uma liquidação ou saldo então...). 
Ah! Essa mania de grandes formatos pode ser um problema. Fica absolutamente tosco fazer um banheiro de 2,5 x 1,5 metros e usar peças de 60x60cm. Você acabando usando 2 pisos e um recorte para fechar uma linha. Fica ridículo. Pense nisso.

Muitas vezes por questão de controle estipule uma faixa de custo para o objeto em questão e nem sequer olhe o que fugir dessa faixa. O capitalismo sempre usou de sedução barata e de argumentação pouco racional para te empurrar algo mais caro.

Pense em alternativas. Coisas transadas bem feitas são alternativas para aquela cara de coisa classe média coxinha e várias vezes podem gerar economia! 


Bloco aparente, cimento  queimado e colunas/vigas aparentes.
Se o pedreiro não for porcão dá pra fazer!
Bancada de concreto.
Com fôrmas bem feitas e reutilizáveis, pode te gerar economia mais tarde.




Instalação elétrica aparente é bacana, mas os eletrodutos externos são caros pacas.
Talvez usando PVC comum e pintando de cores diferentes...

Fonte das fotos: não me lembro mais. Se quiser me processar vá em frente. 

Já que eu citei vaso sanitário...
Eu acabei comprando uma bacia (bacia+caixa) na casa de R$ 500,00. Uma bela merda (apesar dela servir pra isso mesmo). Quando fiz a minha oficina comprei a mais barata que tinha e a função é a mesma, o "conforto" idem e a capacidade de "escoamento" é até superior. Admito que é mais feia, se é que é possível se avaliar de maneira muito diferente essas coisas.

Já que entrei nesse assunto...
Com caixa acoplada ou sem?

Quando se soma custos de bacia, válvula e tubos de 50mm (necessários para esse tipo de sistema) você vê que o conjunto bacia/caixa acaba dando na mesma.
Eu optei por usar bacia com válvula na suíte porque gosto e utilizarei mais, e porque a torre da caixa d'água está acima do banheiro da suíte (poucos tubos e conexões de 50mm).
Acho um porre essas porcarias com caixa acoplada e me arrependi de tê-las colocado no restante da casa.

As válvulas atuais funcionam uma eternidade e são de fácil reparo caso necessário, além do mais, você usa quanta água quiser pra fazer as "coisas irem embora".
As com caixa acoplada em são horríveis (TODAS), utilizam mais espaço e muitas vezes você ou as visitas tem que ficar presas no banheiro esperando a caixa encher pra apertar de novo. Isso nenhum arquiteto te fala né?!

De qualquer modo, principalmente se o método escolhido for alvenaria estrutural ou construção seca (steel ou wood framing), a hidráulica, a elétrica e qualquer coisa que você queira embutir na parede devem ser definidos no projeto (ou junto ao mestre de obras se vc "pulou" o arquiteto).

Uma coisa que me arrependi foi não ter colocado um mictório também...

Quando chegar em acabamento detalho mais minhas experiências, mas na verdade quase tudo deve ser pensado nessa fase, ao menos os aspectos gerais, mesmo porque, você pode se deparar com umas ofertas e esse tipo de material pode ser estocado com segurança.

No próximo post continuo com mais detalhes dessa fase importante.





sexta-feira, 25 de abril de 2014

Construindo minha casa - Escolhendo o local / Parte 2 de 2

No post anterior fiz umas explanações sobre a escolha do terreno e agora quero desenrolar um pouco mais a questão.

Sabendo o custo do m² dos lotes da região pode-se ter segurança no caso do mesmo ter alguma dívida e necessitarmos negociar um desconto ou avaliarmos se o preço baixo é de fato uma oferta, ou também ,se ele tiver alguma benfeitoria o quanto estaremos ganhando (ou em geral pagando) sobre o preço original.

No meu caso, ele estava aterrado a nível da rua e murado em uma lateral e nos fundos e na frente. A outra lateral  não estava murada pois fazia parte de uma casa que foi vendida separadamente, mas ambos devidamente registrados na prefeitura e no cartório como lotes separados.

O aterro custa custa em torno de R$ 300,00 o caminhão truck de 10m³. Lembre-se: altura do aterro X frente do terreno X fundo do terreno, tudo em metros, lhe dará a quantidade aproximada de aterro necessária em m³.

Estando em mãos o código de obras do município (disponível no site das prefeituras), você saberá a altura exigida da edificação em relação à rua, que no meu caso é de 80cm, ou seja, mesmo o meu lote estando pré-aterrado houve necessidade de mais aterro.


Minha primeira providência foi murar a lateral faltante.

Importante: NUNCA utilize sobras de construção - entulho - como aterro!!!

Um terreno murado pode ser uma boa economia de dinheiro e/ou de tempo.
Estando os muros em boas condições (baldrame, colunas e amarração) geram uma ótima economia, pois na média, custará em torno de R$ 100,00 o metro linear do muro de 2,30m de altura, rebocado em ambos os lados.

Ops, esclarecendo: baldrame é a parte horizontal de concreto logo abaixo do solo que serve de base ao muro; coluna ou pilar é a parte vertical de concreto que dão sustentação ao mesmo; amarração é a cinta de concreto em seu topo que dará solidez ao conjunto.
Detalhes podem ser vistos clicando aqui.

Aconselho que o baldrame seja impermeabilizado (duas demãos de Netrol ou similar), as primeiras 4 fiadas assentadas com argamassa impermeabilizada (cimento, areia e Vedacit ou similar) e o reboque todo também impermeabilizado (cimento, areia, cal, Vedacit ou similar).

Obs: quando eu citar alguma marca não é merchandising de maneira nenhuma. Citarei o mais comum, mas existem bons produtos de outras marcas inclusive com menores preços.
Se eu achar que devo ser específico com alguma marca deixarei claro.

Quanto a fazer uma avaliação do solo (sondagem) eu digo o seguinte: tecnicamente é importante, mas na prática, em construções de pequeno porte (até dois pavimentos), com boas referências de construtores locais acho isso dispensável.

No meu caso o próprio arquiteto fez juntamente com o mestre de obras. Detalhe: o "arquiteto fez" significa ele perguntou ao mestre de obras que fez dois ou três buracos no chão.

Se vc estiver num local sem informações dos habitantes locais e não quiser correr riscos então terá que colocar o custo da sondagem na sua planilha.

Obs: quem quiser morar no litoral eu recomendo acrescentar alguns detalhes a sua busca. Lote de frente para praia parece um sonho que estampa revistas de arquitetura, mas a maresia destrói tudo, desde sua ligação de telefone até suas suas esquadrias. Se você não for um classe média deslumbrado que terá apenas um imóvel de temporada (sinceramente acho isso uma estupidez) cuidado constantemente por terceiros, eu não acho boa idéia.
Além do mais, a quantidade de malas sem alça (no meu caso a maioria são de paulistanos) que decidem ficar bêbados, ouvir música (ou algo que chamam de música) em altos volumes e sujar tudo a sua volta acaba com o sossêgo e a paciência de qualquer um.


Escolher um terreno com fácil acesso lhe trará economia e agilidade nos fretes dos materiais de construção.
Conhecê-los e saber o que você tem à disposição também influenciará as próximas etapas.


Arquiteto e projeto... bem, no próximo post, quando iniciar a parte de planta e planejamento inicial escrevo sobre minhas recomendações e experiências a respeito desse espinhoso assunto.




quarta-feira, 23 de abril de 2014

Construindo minha casa - Escolhendo o local / Parte 1 de 2

Antes de iniciar a série devo esclarecer uns pontos críticos.

Não tenho pretensão nenhuma em ter a verdade em minhas mãos, mesmo porque ela não existe em termos absolutos e depois porque são pelos meus erros que eu espero ajudar quem deseja construir sua casa.

Não tenho nenhuma ligação profissional com a construção civil, sou um projetista/programador na área de eletrônica e software que apenas adora estudar tudo. É fácil achar aqui na internet as dicas dos especialistas, repetir isso é chover no molhado. O que tentarei é passar interpretações práticas dessas recomendações, dicas de quem estudou bastante, pôs a mão na massa e teve erros e acertos.

Claro que suponho que você não esteja apenas querendo contratar um arquiteto e uma empreiteira, esclarecer como quer o imóvel e estabelecer uma data de mudança. Apesar de extremamente cômodo, para fazer isso é necessário razoável reserva monetária, o que para o meu estilo, ainda por cima, não tem graça nenhuma.

Deixo claro que aqui não terá 'a casinha do momô', 'o cantinho love' e demais expressões de gente com sérios problemas mentais. Fiz minha casa para minha esposa também, mas admito que ela é mais ogra do que eu, e sinceramente não é essa conversa de casal de comercial de margarina que quero trazer aqui.

Por fim uma última e importante observação: não existe esse papo de planejar gastar x e acabar gastando y. NÃO EXISTE.
Estudando, seguindo o projeto e mantendo a disciplina a tolerância é mínima.

Voilá...

O primeiro passo é estabelecer os objetivos práticos e projetos de vida, pois uma mudança de casa (como foi para mim) pode ser também a busca por um novo modo de vida.
A partir daí pode-se pensar em aonde, ou seja, em que cidade buscar o terreno (que no meu caso era qualquer cidade com menos de 100 mil habitantes, já que não queria mais ficar na capital de SP), pensando em infra estrutura mínima, facilidade de acesso e locomoção, clima e vizinhança. 

No meu caso queria ficar nos arredores da capital (estipulamos algo em torno de 100 a 150Km de distância o que deixa confortável ir no máximo 2x/semana à mesma), por poder aproveitar alguma coisa dela e sem ter meu cotidiano transformado num inferno. Não vejo como uma vida em uma metrópole pode ser salubre.

Claro, não vou dizer que não fomos cagões de não pensar no Crato, Moçambique ou Tibet, mas nossas escolhas são feitas de objetivos racionais associados a medos, angústias e porque não, preguiça.

Acabei escolhendo Peruíbe no litoral paulista por cumprir as minhas exigências e estar perto da minha família próxima, digo, mãe e irmãs. Um pouco de apoio, nem que seja afetivo, é sempre bem vindo.

Não tenho nenhuma paranóia com segurança (vivo de maneira simples e acho que basta estar vivo para correr o risco de morrer) e dentro dos requisitos mínimos, a cidade é boa.
Estou perto da Juréia, o que me agrada muito pela beleza, opção de passeio e contribuição para o microclima.

A cidade também é organizada e limpa. Fácil de entrar e sair, fácil de se locomover dentro dela e com a infra estrutura básica adequada, ou seja, água boa, energia elétrica, saneamento básico e internet. Atualmente a net está nesta categoria.

É bom conversar com os moradores para ouvir impressões (cuidado com a boataria e os preconceitos) sobre os bairros, a mão-de-obra e os lotes.

Tenha um croqui da casa que você pensa em construir para saber se o terreno a comporta, e tenha um plano B, um outro croqui, no caso de não ser possível adquirir o lote necessário.
Por exemplo, uma casa térrea que usa mais o terreno e fatalmente requererá um lote maior e um sobrado que aproveita melhor um terreno menor.

Depois darei as minhas dicas a respeito da planta e sobre a diferença entre casa térrea e sobrado, mas inicialmente é importante estar a par do custo do m² da construção civil, que é um bom indicativo de custo para sua casa, logo, o valor total que deverá caber no seu orçamento.

Lembre-se: dividas = escravidão + angústias + incertezas + custos desnecessários.

Sempre que possível fuja delas. Sustentar banqueiros, além de imoral, dá raiva.

Caso o orçamento esteja apertado, é até melhor fazer uma casa menor e depois ampliá-la. Fazendo isso com um bom planejamento a casa não ficará com aquela cara de cortiço cheio de puxadinhos.

Consegui um terreno dentro dos meus requisitos no plano B. É menor do que eu queria mas ainda está no mínimo que eu aceito.
Um lote de 300 m², plano, a 600 metros da praia, em local tranquilo, com toda a infra estrutura básica, de frete para uma praça e vista para as montanhas do parque ecológico da Serra do Mar, e claro, dentro do que eu planejava gastar.

De acordo com as dicas dos especialistas, o imóvel deve ter preferencialmente a face norte e o terreno blá blá blá...

Vamos à vida real.

Em qualquer terreno pode-se fazer uma boa casa que compense eventuais posicionamentos geo-espaciais do mesmo (principalmente se ele for na Terra), o que eu diria com segurança se você não ocupar mais de 60% dele com a construção principal, além do mais, devemos ter em mente o código de obras do município escolhido.

Em se tratando de Brasil ainda por cima, o sol é o que não falta, e na praia ele chega a ser até indesejável.
Cuidado com os chavões. Arquitetos e engenheiros também tem dogmas.

Voltando a escolha do terreno, acho que além dos requisitos mínimos que citei, ele deve ter acesso a transporte público por perto pois mesmo tendo carro acho que devo ter essa opção por comodidade e segurança.

Sem enrolação, devo dizer que, bichices à parte, simplifique a coisa. Pegue um terreno plano e o mais quadrado possível. Queremos morar bem e não aparecer na Caras.

Procurei não ficar muito próximo a bares, boates, escolas, cachorros e crianças, ou seja, qualquer fonte potencial de barulho e mal cheiro. No caso dos dois últimos, que pelo menos não aja manifestação clara de incômodo.

Agora vejamos porque é importante ter uma noção do que você vai construir quando busca o terreno.
Sabendo o custo do m² da construção civil, estipulei o seguinte: com uma casa de uns 100 m² a preços de hoje, seriam gastos R$ 100.000,00, adiciona-se a isso, o custo do terreno e teremos o valor base que devemos gastar.

O valor do terreno é quase que imprescindível que você tenha em mãos, o restante, é bom que você tenha ao menos 60% e possa ir acrescentando ao longo da construção (para essa metragem em torno de 7 a 9 meses) pelo menos outros 20%.
Os 20% restantes podem ser financiados em caso de emergência sem muito risco.

No meu caso fiz assim: peguei o valor do m² construído e levantei quanto seria correspondente a cada etapa e aonde eu poderia economizar.
Cheguei a conclusão que se eu fizesse a parte elétrica, carpintaria, ficasse de olho nos desperdícios e negociasse cada centavo junto aos fornecedores poderia economizar de modo realista ao menos 20%.

Não é necessário muitas planilhas ou softwares não. Um lápis, um papel, pesquisa e bom senso é o suficiente. Entrarei em mais detalhes nos próximos posts.
Além do mais, tudo o que está fora do nosso controle não entra nas planilhas. E pode apostar, tem bastante coisa...

Meu lote: 15 metros de frente X 20 metros de fundo. Plano, aterrado e murado.

Minha vista. Meus vizinhos da frete são carcarás, quero-queros, sabiás, bem-te-vis, patos selvagens, corujas e outros bichos que estou identificando aos poucos.

No próximo post vou colocar alguns detalhes a respeito da escolha deste ou de qualquer outro lote.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Início - O que esperar

Este é meu segundo blog.
Meu primeiro basicamente é para minha autocrítica e um aprendizado de como tentar manter a mínima linearidade na escrita, já que o raciocínio é bastante caótico.

Aqui tentarei me restringir ao famoso DIY (do inglês do it yourself, ou faça você mesmo), que no meu caso será DIYAS (do it yourself any shit).
A idéia será mais ficar no mundo da marcenaria, que há muito quero me dedicar e aprender, mas sem desconsiderar o que eu tenha feito ou encontrado de interessante em outras áreas que me interesso (jardinagem, construção civil, arquitetura, agricultura familiar, serralheria e outras coisinhas mais) e/ou que sou mais especializado ou "nativo" (eletrônica, software e automação). Desde que seja pertinente, mandarei brasa.

A partir do próximo post começarei com a construção da minha casa, que significou uma série de coisas em minha vida, desde um aprendizado da construção civil a uma mudança de estilo de vida.

Ela é importante pois pode contribuir para quem tem interesse em construir sua casa, seja contratando um empreiteiro ou seja arregaçando as mangas, além do mais, está sendo como o DIY tem tomando forma na minha vida.

Morando a vida toda em grandes centros urbanos, sempre - ao menos desde os 20 anos - quis morar em uma cidade pequena, onde meu objetivo era encontrar melhor qualidade de vida, mais tempo livre e fundamentalmente um cotidiano melhor, e claro, ter espaço para as minhas estrapizongas.

De fato encontrei tudo isso.

Enfim vamos ver até onde vou com esse meu outro diário sem leitores.